Quando o amor bate à porta
Por Miguel Arcanjo Prado*
Já terminei de ler Madame Bovary. Livro que li exclusivamente por amor. Ah, o amor... Coisa estranha de se explicar em palavras, talvez mesmo impossível. Toma a gente de assalto sem nem avisar, trazendo angústia e excitação numa mistura cheia de encanto e todas as consequências possíveis. Lembro de minha mãe, que sempre repete: o amor jamais acaba. E não é que ela está certa?
Amor é coisa difícil de se ter. Até porque ele não manda telegrama avisando antecipadamente sua chegada. Quando o amor bate à porta, ele vem de uma vez, surpreendente. Muitas vezes nem bate, arromba, bandido.
E a gente fica bobo, pensativo, temeroso, ansioso, corajoso, romântico, triste, desesperado, feliz, tonto, esperto, emotivo, efusivo e inconstante. Tudo isso num só dia. Em casos excepcionais em poucas horas, eu diria.
Quando se ama, sobretudo nos primeiros tempos do amor, a aflição volta a fazer parte do cotidiano e caminha de mãos dadas com o desejo incontrolável de conquistar o ser amado e, mais do que tudo, ser amado por ele. Afinal de contas, como na música que compus recentemente: felicidade só tem quem é amado também.
Aí a gente faz loucuras de todos os tipos: manda orquídeas brancas no trabalho, ouve todas as opiniões possíveis de amigos e familiares que fazem torcida, atravessa a metrópole embaixo de chuva torrencial... Enfim, topa qualquer negócio só para sentir novamente o coração bater forte, a boca ficar seca, as mãos geladas, e as palavras, de uma hora para a outra, não precisarem ser ditas. Ah!... Como é terrível amar.
*Miguel Arcanjo Prado é jornalista e ainda acredita no amor.
terça-feira, 4 de maio de 2010
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15 comentários:
Miguel, como leitor do seu blog tenho somente uma pergunta a fazer. O arcanjo está amando?
Abc
Aaaahh! Miguel...
terrível é viver e não amar, meu querido!
se ainda não leu, corra até Isabel Allende, em "De amor e de sombras"... quando chegar na página 206, me conta...
beijo, querido amante!
Bonito, bem bonito.
Como andas?
Grande abraço com muito carinho e saudades.
afffe!
Precisava ler isso, meu Arcanjo.
Adorei.
Bjs,
Como na primeira vez que a gente se falou, deu vontade de responder à sua coluna de novo.
Que vontade de sentir isso aí, Miguel, tô meio desacreditada no amor, sabia? Quando vier a BH, me fala, de repente a gente se encontra pra matar a saudade que eu tenho de vc!
Bjo grande
Tereza
Lindas palavras...obrigado pelo texto.
Lindo, Miguelito! Bjs!
Hehehehehehehe!
Quando comecei a ler seu texto eu fiquei "louco" para chegar ao final, pois imaginava que em alguma parte tu revelaria a razão (pessoa) que te fez ler o livro mencionado. Acho que todos os que receberam esta coluna e leram agiram como eu.
Mas de qualquer forma eu fico na torcida para que sua frequência cardiaca bata no ritmo do amor (No mínimo 100bpm).
Grande Abraço!
não mando orquídeas brancas, mas moveria o mundo para te ajudar a conquistar seu Amor. de qualquer forma, saiba que você já tem um: o meu. sólido, incondicional, gratuito e sereno e bem mineiro.
amor da pesada, do pagode e do perdão, tem coisa melhor que amor de amigo?
portanto, se lhe faltar algúem confuso _e que ainda por cima não sabe amar_ não se afobe, tens aqui um ombro para chorar... sempre.
um afago!
Meu, você tem mais é que aproveitar, investir, mesmo.
Não há nada melhor do que o amor.
Vai fundo, seja você mesmo e conquiste a pessoa amada.
Na torcida
A resposta é uma música de Cazuza: "Às vezes eu amo e construo castelos. Às vezes eu amo tanto que tiro férias e embarco num tour pro inferno". Um beijo e obrigado a todos pelo carinho nos comentários.
Adorei as orquídeas brancas. Bjs!
Miguelito!
Tá apaixonado, bonito?! Linda coluna :-)
Saudades!
Bjos,
Flávia
Eu tb acredito!!! Nossa, meu amigo, pelo que vejo vc está muuuuito apaixonado. Faz tempo que não te vejo assim.
Saudades docê!
Bjs enormes,
Ingrid
Meu caro, arcanjos são seres amantes.
Patrícia, eu amo você de paixão.
Daniel, que saudade do meu Pulga!
Sonia, a gente sempre precisa de amor, né não? Beijos também!
Tereza, meu amor por você é o mesmo de quando comentou minha coluna pela primeira vez, ainda assustada com a cidade grande. Basta você me chamar e eu vou.
Patrícia, ouvir isso de uma novelista talentosa me enche de orgulho.
Francisco, sou eu quem agradece o carinho.
Ricardo, essas coisas são de foro íntimo (rs).
Poli, você não precisa mover nada. Só existir e ser essa amiga que é.
Giorgio, pra você também tudo de bom!!!
Flavinha, que delícia você no meu blog! Saudades!!!
Ingrid, você é a coisa mais bonita que a Globo me deu. Te amo!
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