quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Melhores do teatro em 2009



Resolvi fazer minha lista dos melhores nos palcos de São Paulo no ano de 2009. Vamos aos vencedores:

Melhor ator

Sérgio Britto, por A Última Gravação de Krapp

Melhor atriz

Fernanda Montenegro, por Viver sem Tempos Mortos; e Cássia Kiss, por O Zoológico de Vidro

Melhor espetáculo drama

Viver sem Tempos Mortos, direção de Felipe Hirsch

Melhor espetáculo comédia

A Noviça Mais Rebelde, direção de Wilson de Santos

Melhor musical adaptado

Esta É a Nossa Canção, direção de Charles Randolph Wright.

Melhor musical nacional

O Primo Basílio, direção de Dan Rosseto.

Melhor figurino

Kalma Murtinho, por Gloriosa

Melhor cenário

Carla Berri e Paulo de Moraes, por A Inveja dos Anjos

Melhor autor

Jandira Martini, por O Eclipse, e Pedro Brício, por Cine-Teatro Limite

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Coluna do Miguel Arcanjo nº 163



DILU, GUTA E TELÉ

Por Miguel Arcanjo Prado*

De dissílabos bons são feitos três nomes pelos quais nutro paixão incomensurável. Três mulheres de personalidade forte e coração de tamanho descomunal fazem minha cabeça. Trio que me foi dado pelo jornalismo, profissão que escolhi.

Dilu Gomes é a figura que comanda o Cedoc da TV Globo Minas. Em meus tempos de estagiário por lá, corria ao centro de documentação para buscar fitas do telejornal MGTV para colocar as reportagens e, claro, as receitas do Terra de Minas na recém-criada Globominas.com. Dilu, sempre prestativa, me recebia com um enorme sorriso, mesmo diante das buscas de arquivo mais estapafúrdias. E sempre me apresentava novas aquisições da biblioteca do Cedoc: livros e DVDs que faziam minha alegria por horas de felicidade simples. Hoje, mesmo vivendo em São Paulo, Dilu continua presente, sempre fazendo observações pertinentes a esta coluna, da qual é leitora número um.

Certa vez, lisonjeado com a presença de Guta Nascimento em uma das concorridas festas de meu famigerado apartamento da avenida São João, disse que recebia um bastião do jornalismo. E falo isso sem nenhum pudor. Em meus tempos de estudante na Fafich da UFMG, o nome dela já estava estampado na minha lista de profissionais que admirava. Mulher da pá virada, Guta já rodou mundo produzindo algumas das melhores reportagens que você assistiu na Globo, no SBT e, agora, na Record. Tê-la como companheira de cafezinhos na cantina do seu Cícero, na sede da Record na Barra Funda, é prazer desmedido.

Outra colega de Record, Telé Cardim foi quem avisou Geraldo Vandré que sua Pra Não Dizer que Não Falei das Flores perderia o Festival Internacional da Canção para Sabiá, de Tom e Chico. Para isso, pegou um avião, sem sequer ter passagem, rumo ao Rio e cumpriu sua missão. Além dessa proeza, registrada de forma saborosa no livro obrigatório A Era dos Festivais, do meu colega Zuza Homem de Mello, Telé tem outras histórias que não acabam. Ela fez teatro no Arena, jogou biribinha no cantor Roberto Carlos, ouviu as primeiras composições de Chico Buarque apresentadas pelo próprio, foi mulher pioneira no telejornalismo e, sindicalista das boas, até enfrentou o ministro Gilmar Mendes por este ter cassado o diploma dos jornalistas. Atrevida que só, ela é garantia de riso, causos nostálgicos e energia viva todos dos dias.

Se eu peço algo para 2010 além de saúde e paz, é estar rodeado de gente do naipe dessas minhas três amigas de força inversamente proporcional ao tamanho do nome. Viva Dilu, Guta e Telé!

*Miguel Arcanjo Prado é jornalista, gosta de gente do bem e deseja a você um 2010 repleto de coisas maravilhosas.