sábado, 15 de maio de 2010

Entrevista exclusiva: Silvio de Abreu

Silvio de Abreu rejeita público que vê novela por não ter mais o que fazer

Em conversa exclusiva com o R7, novelista fala sobre a próxima novela das oito


Miguel Arcanjo Prado, do R7

Publicado originalmente no R7 em 11/05/2010


Silvio de Abreu e Tony Ramos - Foto: João Miguel Jr./Globo

O paulistano Silvio de Abreu, 67 anos, já está completamente mergulhado na loucura que é escrever o programa mais visto pelos brasileiros: a novela das oito da Globo. Nesta segunda (17), estreia seu 15º folhetim, Passione. A trama de elenco estelar tem a missão de alavancar a audiência, após Viver a Vida, de Manoel Carlos.

Atencioso, Silvio de Abreu aceitou o convite para uma conversa com o R7 sobre seu próximo trabalho. O autor disse rejeitar o telespectador que acompanha as novelas apenas por não ter nada melhor para fazer: “Quero distância desse público”. Sua meta é dialogar com alguém apaixonado e envolvido com a história que vai criar.

Abreu ainda comentou a predileção por nomes da velha guarda da TV, como Fernanda Montenegro e Tony Ramos, e explica por que escolheu São Paulo e Itália como cenários de sua trama. Ele ainda contou que teve papel decisivo na escolha do elenco e revelou que apenas sete atores não tiveram personagens escritos sob encomenda.

Sobre o grande assassinato por volta do centésimo capítulo do qual boa parte dos personagens será suspeita, ele faz mistério, mas adianta que não será um serial killer, além de uma dica importante ao telespectador. Leia a entrevista.

R7 – O elenco de sua novela é estelar e impressiona por ter nomes como Fernanda Montenegro e Tony Ramos. Foi difícil conseguir formá-lo? Quais nomes você fez questão que estivessem e para os quais escreveu os personagens? Por que?
Silvio de Abreu –
Belíssima tinha Fernanda Montenegro e Tony Ramos; A Incrível História das Filhas da Mãe no Jardim do Éden tinha Fernanda Montenegro e Tony Ramos. Para mim é sempre um privilégio poder contar com esses dois magníficos atores. Não é difícil para eu formar elenco, nem entendo quando dizem que na Globo, hoje em dia, é muito difícil etc e tal. Os atores e as atrizes recebem sempre de boa vontade o convite e o meu maior problema é sempre ter que dizer não a artistas que admiro, que gostaria de ter no elenco, mas não tenho personagens adequados a eles. Quase todos os atores principais de Passione tiveram personagens escritos para eles, porque eu já sabia que poderia contar com o talento deles no elenco. As exceções foram: Tammy Di Calafiori, Mayana Moura, Miguel Roncato, Andre Luis Frambach, Carol Macedo, Bianca Bin e Julio Andrade, que eram atores que eu não conhecia e passei a conhecer graças ao excelente trabalho de garimpagem do nosso produtor de elenco, Daniel Berlinsky, e da intuição certeira de Denise Saraceni.

R7 – Sua novela vai mostrar uma São Paulo frenética e uma Itália rural. Por que você escolheu conjugar esses dois ambientes?
Abreu –
Primeiro, porque são opostos e isso dará uma excelente dinâmica para a novela. Depois, porque gosto e conheço os dois. Denise Saraceni e eu visitamos quase 5.000 quilômetros de terras da Toscana na escolha das locações e estudo dos hábitos e costumes dos italianos. Vivo em São Paulo desde que nasci e já morei por um ano na Itália na década de 70. Sinto-me em casa nos dois ambientes.

R7 – Sua trama traz de volta gente veterana de muito talento como Fernanda Montenegro, Leonardo Villar, Cleyde Yáconis e Aracy Balabanian. Por que você faz questão desses nomes? Qual o papel deles em seu elenco? Gosta de criar personagens para essa turma? Por quê?
Abreu –
O que eu mais aprecio no ser humano é o talento. Quando um enorme talento vem acompanhado de um grande carisma, tudo se completa e criam-se as estrelas de teatro, cinema e televisão. Não existe um time mais carismático e talentoso do que o que vamos oferecer diariamente ao público brasileiro. Escrever para atores tão consagrados é uma grande responsabilidade, mas também um enorme prazer.

R7 – Tem algum personagem que você gosta mais? Por quê?
Abreu –
Não tenho nenhum preferido, cada um é principal em seu próprio núcleo e será tratado com o maior carinho por mim.

R7 – Sua novela vem após uma crise de audiência no horário das oito. Acha que Passione tem elementos para cativar o público e levantar a audiência no horário? Quais elementos são esses?
Abreu –
Não estou preocupado com isso e nem sei dessa tal crise de audiência de que você está falando. O programa de maior audiência da televisão brasileira não é a novela das 21h? Então que crise é essa? Quero que o público goste de Passione, que se divirta, que torça, que se envolva com a história e com os personagens. Quero que discutam, contestem, elogiem, critiquem e façam o que forem estimulados pela novela a fazer. Só não quero que fiquem apáticos diante do televisor. Odeio a ideia de que as pessoas assistem a novelas porque não têm nada melhor para fazer. Não quero esse público. Quero um público que goste de acompanhar a história por prazer e sei que cabe a mim, à Denise Saraceni e ao nosso elenco despertar esta emoção.

R7 – Como será o assassinato no meio da trama de Passione?
Abreu –
Você vai saber tudo quando chegar a ocasião, ainda é muito cedo para essas especulações. Posso garantir que não será um serial killer. A única dica que posso dar sobre este assunto é que se preste muita atenção no comportamento dos personagens nessa primeira fase da história, que vai mais ou menos até o capitulo cem. A parte policial da novela só vai entrar depois disso, mas tem a ver com essa primeira fase, portanto, olho vivo!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Negro é coadjuvante em sua própria história na TV

Folhetins que retratam a escravidão ainda contam os fatos a partir do olhar dos brancos



Miguel Arcanjo Prado, do R7

Nas histórias que a TV brasileira conta sobre a escravidão no Brasil é comum ver atores negros ocuparem papéis coadjuvantes e atores brancos serem os protagonistas. Neste 13 de Maio, data em que é celebrada a abolição da escravatura no Brasil, a reportagem do R7 foi atrás de descobrir o por quê desse tipo de representação.

DivulgaçãoFoto por Divulgação
Veja escravos nas tramasIgual aos brancos: a ex-escrava Xica (Taís Araújo) até usava pó de arroz para clarear o rosto

Para Daniel Martins, mestre em sociologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a representação dos escravos nas novelas e minisséries repete a história que os brasileiros aprendem na escola.

- A novela é apenas mais um espaço no qual é reproduzido o discurso que aprendemos nos livros de história, no qual o negro ainda é apenas o escravo que foi liberto por bondade da princesa Isabel [que assinou a libertação dos escravos em 1888].

O sociólogo faz questão de lembrar a primeira novela brasileira protagonizada por uma atriz negra: Xica da Silva, protagonizada por Taís Araújo na extinta Manchete entre 1996 e 1997.

- Ela era protagonista, sim. Mas conseguiu se tornar mulher do contratador de diamantes, teve escravos e assumiu a identidade branca. Ela até passava pó de arroz no rosto, para ficar com a pele clara.

Martins afirma que ainda falta na TV uma produção que retrate o cotidiano do Brasil escravocrata a partir do olhar dos habitantes da senzala, mas se mostra descrente em relação à receptividade do telespectador.

- Acho que o brasileiro ainda é preconceituoso e não sei se uma novela assim teria bons índices de audiência. Por isso, acho difícil essa revolução acontecer. Na TV, como em Sinhá Moça, os negros ainda precisam ser salvos pelos brancos. A novela ainda não conseguiu sair da casa grande e ir de fato para a senzala.

Atriz da Record, Maria Ceiça afirma que não acredita que o público tenha preconceito, mas, sim, esteja desacostumado em ver o olhar do negro em primeiro plano.

- As novelas ainda contam a história a partir do olhar do dominador. O telespectador sempre trata com carinho os personagens negros. Mudar o olhar da história seria interessantíssimo e creio que teria boa recepção por parte do público.

A atriz, que recentemente viveu a serva Quinlá na minissérie A História de Ester, torce para que a Record continue investindo na produção de épicos e até sugere uma história bíblica em que o negro tivesse destaque.

- A rainha de Sabá era negra e teve muito destaque... Quem sabe não vem por aí a história do rei Salomão?

Publicada originalmente no R7 em 13/05/2010.

Nara Lofego Leão

Narinha...
Sempre fui apaixonado por ela. Não sei se porque ela sempre me lembrou minha mãe...
Quem mora em Sampa, pode ver o musical sobre a cantora cheia de opinião idealizado pela ótima atriz Fernanda Couto, que interpreta a cantora. Quem se interessou e quer saber mais, é só ler a crítica e a reportagem sobre o musical feitas por mim para o portal R7 sobre o espetáculo, logo abaixo, com fotos do espetáculo e da Narinha de verdade.










CRÍTICA:Musical Nara acerta na beleza da simplicidade

Fernanda Couto e seus três músicos criam atmosfera aconchegante para a musa da MPB

Miguel Arcanjo Prado, do R7


Nara Leão foi muito mais do que a musa da bossa nova ou a moça que tinha os mais belos joelhos da MPB. Apesar de sua meiguice evidente em cada canção ou entrevista, Nara tinha força, presença e, antes de tudo, opinião. A famosa opinião de Nara.

O musical que leva o nome da artista, em cartaz no teatro Augusta, em São Paulo, às quartas e quintas, tem o mérito de reavivar a memória da cantora, em tempos cada vez mais desmemoriados. A atriz Fernanda Couto, que vive a artista no palco e é responsável pela gestão do espetáculo, surge despretensiosamente no corredor do teatro ao som de Diz que Fui por Aí. O público olha para trás em busca da dona daquela voz e, a partir daí, a música de Nara se faz.

Sob direção de Márcio Araújo e direção musical de Pedro Paulo Bogossian, Fernanda é acompanhada no palco por três excelentes músicos: Rogério Romera, Sílvio Venosa e Rodrigo Sanches. Além de tocar e fazer coro, eles fazem às vezes de atores, interpretando os homens que passaram pela vida de Nara. E que homens: Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli e Cacá Diegues são apenas alguns de uma extensa lista que engloba boa parte da cultura nacional na segunda metade do século 20. E o trio de músicos tem a graça e virilidade necessárias para contrabalancear a meiguice de Nara.

Com açúcar e com afeto, Fernanda – que tem a mesma beleza simples da cantora – ora vive a própria Nara ora fala dela na terceira pessoa, como uma artista em busca de outra tão semelhante de si. Há momentos de extrema consternação, quando a plateia vira o público dos famosos festivais da Record nos anos 1960 e canta em uníssono A Banda junto do elenco. E ainda emocionantes, como quando o público percebe que Nara já sente reflexos do tumor cerebral, que a matou em 7 de junho de 1989 com apenas 47 anos de idade, mas que jamais conseguiu calar a voz da menina mais doce que já existiu em nossa música.

O mérito do musical Nara é, em tempos de cenários mirabolantes e elencos grandiosos de produções importadas da Broadway, mostrar que a beleza pode estar escondida em um tipo de arte que só existe por aqui, arte da qual Nara foi e é porta-bandeira.

Nara
Quando:
quartas e quintas-feiras, às 21h (temporada: de 21/4 a 24/6)
Onde: Teatro Augusta - r. Augusta, 943, Cerqueira César, São Paulo, SP
Quanto: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)
Informações: (11) 3151-4141; classificação livre

Publicado no R7 no dia 13/05/2010.












REPORTAGEM
Musical em São Paulo revive Nara Leão

Atriz Fernanda Couto vive a musa da bossa nova e grande intérprete da MPB

Miguel Arcanjo Prado, do R7


Foi a partir do apartamento de Nara Leão que a bossa nova ganhou expressão. A musa do movimento depois descobriu nomes que vão de Chico Buarque a Maria Bethânia, além de fazer o histórico show Opinião, no qual deu foco a sambistas dos morros cariocas.

Lenise Pinheiro e DivulgaçãoFoto por Lenise Pinheiro e Divulgação
Nara em duas versões: a atriz Fernanda Couto (à esq.) e a Nara original (à dir.)

Passagens como essas mudaram a história da MPB e serão contadas no musical Nara, que estreia em São Paulo nesta quarta (21), às 21h, no teatro Augusta, com a atriz Fernanda Couto no papel título.

A montagem é fruto de pesquisa da própria Fernanda, apaixonada por Nara desde criança, quando a ouvia no rádio. No palco, será a única mulher na companhia dos atores-músicos Rogério Romera, Sílvio Venosa e Rodrigo Sanches, sob direção de Márcio Araújo e direção musical de Pedro Paulo Bogossian.

- Nara sempre estava cercada de figuras masculinas, como Ronaldo Bôscoli [de quem foi namorada], Chico Buarque [o grande amigo] e Cacá Diegues [com quem casou].

A atriz teve a ideia do espetáculo em 2007, quando passou a pesquisar a vida da cantora. O projeto foi adiado para não bater com os 50 anos da bossa nova, celebrados em 2008. A pesquisa minuciosa trouxe farto material.

- Todas as frases que a Nara diz na peça foram ditas por ela mesma em entrevistas.

O espetáculo segue a ordem cronológica da vida da cantora, dos 11 anos 47 anos, quando ela morreu de câncer. A trajetória é ilustrada por uma seleção de 20 músicas de seu repertório, como A Banda e Opinião.

Ouvir Nara traz nostalgia para a jornalista Tellé Cardim, editora de Cultura da Record. Ela foi responsável pela divulgação da cantora em São Paulo na década de 1960.

- Depois do Festival da Record de 1966, no qual ela tirou o primeiro lugar com A Banda, ao lado de Chico Buarque, Nara me telefonou e perguntou se eu queria ser assessora de imprensa dela. Eu aceitei e a acompanhava nas entrevistas e em shows no interior.

A jornalista lembra com carinho da amiga que conheceu em um almoço na casa do dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho, criador da série A Grande Família.

- Ela era muito inteligente e caseira. Nara gostava de pesquisar a música brasileira. Não tinha preconceito e possuía posicionamento político, sempre apoiando a esquerda. Era uma pessoa especial e que faz falta. Espero que esse espetáculo mostre à juventude atual a importância que Nara teve na história do Brasil naqueles anos de chumbo.

Para o sociólogo Daniel Martins, pesquisador da MPB na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Nara marcou seu nome na história “ao dar voz a grandes compositores ainda desconhecidos”.

- Nara tinha um respaldo muito grande. Ela dava luz a qualquer coisa que cantasse. Esse foi seu grande legado. Ela transitou bem por todos os núcleos da MPB, da qual foi uma das maiores estrelas.

Publicado no R7 no dia 21/04/2010.

domingo, 9 de maio de 2010

Paulo José e filha decifram enigma Ana C.



Por Miguel Arcanjo Prado*

A poeta carioca Ana Cristina César, ou apenas Ana C., era uma mulher inteligente. E atormentada por isso. O ator Paulo José a conheceu na Globo, quando escrevia o programa Caso Verdade, no início dos anos 1980, e se incomodava com as opiniões dilacerantes dadas pela exigente Ana C., então avaliadora dos roteiros, sobre os textos que escrevia.

O ator retoma essa mulher de seu passado na peça Um Navio no Espaço ou Ana Cristina César, que estreia neste sábado, no Sesc Santana. Na montagem, Paulo José conta com a companhia da filha, Ana Kutner, que vive a poeta suicida.

Após várias tentativas frustradas, Ana conseguiu se matar aos 31 anos, em 1983, ao pular da janela do apartamento dos pais, em Copacabana.

A peça, vista pelo R7 no Festival de Curitiba, no último mês de março, traz uma mulher cheia de ideias e pensamentos sobre o mundo desde que se entende por gente. Paulo José funciona como uma espécie de narrador, que se confunde com ele mesmo, ao margear os pensamentos da poeta interpretada pela filha, muitas vezes cercados de desespero.

Ana C., ícone da chamada “geração do mimeógrafo” dos anos 1970, surge para o público a partir de seus escritos e, aos poucos, é possível ao menos tatear aquela que tanto se escondia. A dramaturgia construída por Walter Daguerre, marido de Ana Kutner, sobre o texto de Maria Helena Kühner, une poesia e teatro de forma exemplar, saindo da possível chatice de um monólogo ao estabelecer o diálogo entre os dois atores e a plateia.

A peça, apesar de sua difícil compreensão num primeiro olhar, consegue chegar com a inteligência típica de Ana C. perto de decifrar aquela mulher que foi um verdadeiro enigma até a hora do fim.

Serviço:
Um Navio no Espaço ou Ana Cristina César
Quando: sexta e sábado, às 21h; domingo, às 19h30
Onde: Sesc Santana (av. Luiz Dumont Villares, 579, Santana, São Paulo, SP);
Quanto: R$ 20
Informações: 0/xx/11 2971-8700; classificação 14 anos

* Publicado originalmente no R7.

sábado, 8 de maio de 2010

Leila Cordeiro

Recentemente, gostei muito de entrevistar a jornalista Leila Cordeiro para o portal R7. Na conversa, ela falou de seu desejo de voltar à TV. Quem é bem novinho e não se lembra dela nos principais telejornais de emissoras como Globo, Manchete e SBT, pode ler a entrevista para conhecê-la um pouco mais. Ou, melhor ainda, visitar o ótimo blog que ela faz direto de Miami, nos Estados Unidos, onde vive. Ah, e não esqueça de deixar seu comentário, né? Aquele abraço!


Leila, ao lado do marido, o também jornalista Eliakim Araújo

Abaixo, uma entrevista divertidíssima que a Leila Cordeiro fez com o Cazuza, ao vivo, no Rock in Rio, em 1985.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Coluna do Miguel Arcanjo nº 165

Quando o amor bate à porta

Por Miguel Arcanjo Prado*



Já terminei de ler Madame Bovary. Livro que li exclusivamente por amor. Ah, o amor... Coisa estranha de se explicar em palavras, talvez mesmo impossível. Toma a gente de assalto sem nem avisar, trazendo angústia e excitação numa mistura cheia de encanto e todas as consequências possíveis. Lembro de minha mãe, que sempre repete: o amor jamais acaba. E não é que ela está certa?

Amor é coisa difícil de se ter. Até porque ele não manda telegrama avisando antecipadamente sua chegada. Quando o amor bate à porta, ele vem de uma vez, surpreendente. Muitas vezes nem bate, arromba, bandido.

E a gente fica bobo, pensativo, temeroso, ansioso, corajoso, romântico, triste, desesperado, feliz, tonto, esperto, emotivo, efusivo e inconstante. Tudo isso num só dia. Em casos excepcionais em poucas horas, eu diria.

Quando se ama, sobretudo nos primeiros tempos do amor, a aflição volta a fazer parte do cotidiano e caminha de mãos dadas com o desejo incontrolável de conquistar o ser amado e, mais do que tudo, ser amado por ele. Afinal de contas, como na música que compus recentemente: felicidade só tem quem é amado também.

Aí a gente faz loucuras de todos os tipos: manda orquídeas brancas no trabalho, ouve todas as opiniões possíveis de amigos e familiares que fazem torcida, atravessa a metrópole embaixo de chuva torrencial... Enfim, topa qualquer negócio só para sentir novamente o coração bater forte, a boca ficar seca, as mãos geladas, e as palavras, de uma hora para a outra, não precisarem ser ditas. Ah!... Como é terrível amar.

*Miguel Arcanjo Prado é jornalista e ainda acredita no amor.

domingo, 2 de maio de 2010

Redação conjunta

O R7 conquistou espaço próprio e não mais divide a redação com o Jornalismo da Record. Morro de saudade daqueles tempos, sobretudo de ficar pertinho de gente do mais alto gabarito. Abaixo, fotos tiradas na redação-estúdio da Barra Funda, em São Paulo, em janeiro de 2010 com a máquina emprestada por Guta Nascimento:


Eu ao lado de três jornalistas da pesada: a editora do Jornal da Record Guta Nascimento (à esq.), a editora de Cultura da Record Telé Cardim (de Rosa) e a colunista do R7 Fabíola Reipert


Eu fecho uma matéria em minha antiga mesa


Telé Cardim anuncia novidades do Sindicato dos Jornalistas


Eu ao lado do editor de Blogs do R7, Diego Maia, amigo desde os tempos de Curso Abril de Jornalismo


O beijo carinhoso de Juliana Damasceno, da equipe de Blogs


O beijo também carinhoso na editora do Fala Brasil, Carla Prado


Eu com a editora-chefe do R7, Ligia Braslauskas, e a editora de home Gabriela Quintela


Eu e o estagiário da equipe de Famosos e TV Pedro Henrique Feitosa


A repórter de Famosos e TV Vanessa Sulina


O estagiário de Famosos e TV Pedro Henrique Feitosa


Ana Paula Padrão e Celso Freitas conversam com Guta Nascimento após gravarem a escalada do Jornal da Record


O comentarista Percival de Souza aguarda o começo do SP Record


O editor de Ciência e Tecnologia do R7, Felipe Maia


Chefe de produção do Fala Brasil, Claudia Liz faz pose


Produtores do SP Record, Thiago Ermano e Sheila Fernandes não param


Compenetrado, o repórter do Fala Brasil Romeu Piccoli fecha mais um texto


Vista geral da redação: sempre em polvorosa